Toxicológico CNH
O exame toxicológico detecta a presença de substâncias psicoativas que afetam principalmente o sistema nervoso central e é obrigatório para motoristas que possuem carteira nacional de habilitação (CNH) nas categorias C, D ou E (Lei Federal nº 13.103, 2015). Além disso, desde 2017, este exame deve ser realizado a cada 2 anos e 6 meses por motoristas com menos de 70 anos.
As substâncias psicoativas alteram a função cerebral e comprometem a nossa percepção e consciência, além de promover alterações de humor e comportamento. Dessa forma, o seu uso é sinal de imprudência ao volante, dado que pode colocar a sua vida e a de outras pessoas em risco.
Mas que substâncias são detectadas neste exame?
O exame pode ser feito utilizando amostra de sangue, urina ou cabelo. Sendo que, esta última é a mais utilizada devido à sua maior janela de detecção (até 6 meses). Através dele, é possível verificar o uso de cocaína, maconha, ecstasy, heroína, morfina, codeína, oxicodona, anfetaminas, metanfetaminas, femproporex, mazindol e anfepramona.
Destas, uma das mais encontradas nas estradas brasileiras são as anfetaminas, que são estimulantes do sistema nervoso central que aumentam a liberação noradrenalina, dopamina e serotonina e induzem um estado de alerta, euforia, melhoram o vigor físico e falta de apetite. Porém, alguns efeitos colaterais relacionados ao seu uso incluem delírios, hipertensão, convulsões e aumento da temperatura corporal.
No entanto, é importante ressaltar que as anfetaminas podem ser utilizadas no tratamento de transtorno do déficit de atenção, narcolepsia e em alguns casos de compulsão alimentar. Porém, seu uso nestas situações é indicado apenas sob orientação médica! Nestes casos, é importante que o paciente leve a receita de prescrição ou laudo médico que comprove sua necessidade no momento de realização do exame.